06 de set | 4 min para ler
Plano de Saúde Nega Cirurgia por Carência: Seus Direitos e Como Agir
A negativa de cobertura de cirurgias por carência é uma das situações mais frustrantes para os beneficiários de planos de saúde. Muitas pessoas acreditam que, ao contratar um plano de saúde, terão acesso imediato aos serviços contratados. No entanto, o que ocorre frequentemente é que o plano de saúde nega cirurgia por carência, alegando que o prazo de espera ainda não foi cumprido. Mas essa negativa pode ser contestada, principalmente em casos de urgência e emergência.
Este artigo explora o que fazer quando o plano de saúde nega cirurgia por carência e como garantir seus direitos. Também falaremos sobre as principais legislações que protegem os consumidores e decisões judiciais que favorecem os beneficiários que tiveram sua cirurgia negada.
O Que é Carência no Plano de Saúde?
A carência é um período estipulado no contrato do plano de saúde no qual o beneficiário ainda não pode usufruir de determinados serviços. Nesse período, o plano de saúde nega cirurgia por carência, além de outros procedimentos, como exames complexos ou internações.
Conforme a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), o prazo de carência para cirurgias programadas pode chegar a 180 dias. No caso de partos, esse período pode ser de até 300 dias. Esses prazos, quando o plano de saúde nega cirurgia por carência, devem estar claramente indicados no contrato.
Quando a Carência Não Pode Ser Imposta?
Mesmo que a carência seja uma cláusula contratual, existem situações em que o plano de saúde nega cirurgia por carência de forma indevida, especialmente em casos de urgência ou emergência. De acordo com a legislação, após 24 horas da assinatura do contrato, o plano de saúde não pode negar cirurgia ou qualquer outro atendimento em casos de urgência ou emergência.
- Emergência: Situações de risco imediato à vida ou que possam causar danos irreversíveis ao paciente, como um infarto ou acidente grave.
- Urgência: Condições que exigem atendimento rápido, como apendicite ou fraturas, que, se não tratadas imediatamente, podem agravar o quadro de saúde.
Em casos de urgência ou emergência, o plano de saúde nega cirurgia por carência de forma indevida, e essa recusa pode ser considerada abusiva. Quando isso ocorre, o beneficiário tem o direito de recorrer à Justiça para garantir o procedimento necessário.
O Que Fazer Quando o Plano de Saúde Nega Cirurgia Por Carência?
Quando o plano de saúde nega cirurgia por carência, o beneficiário não deve se resignar. Existem passos importantes que podem ser seguidos para garantir seus direitos:
- Verifique o Contrato: Antes de qualquer ação, revise o contrato do plano de saúde para entender se o prazo de carência realmente se aplica ao seu caso. Muitas vezes, o plano de saúde nega cirurgia por carência sem que a situação realmente exija essa restrição.
- Solicite a Negativa Por Escrito: Caso o plano de saúde negue a cirurgia, peça uma justificativa por escrito. Isso formaliza a recusa e serve como prova em uma eventual ação judicial.
- Registre Reclamação na ANS: A Agência Nacional de Saúde Suplementar pode intervir em casos de negativa de cobertura. Se o plano de saúde nega cirurgia por carência indevidamente, uma queixa formal pode pressionar a operadora a rever sua decisão.
- Ação Judicial: Quando o plano de saúde nega cirurgia por carência, uma alternativa eficaz é acionar o Judiciário. Os tribunais têm sido favoráveis aos consumidores, principalmente em casos de urgência ou emergência, garantindo o atendimento necessário mesmo durante o período de carência.
- Consultoria Jurídica Especializada: Contar com a orientação de advogados especializados em direito à saúde é essencial quando o plano de saúde nega cirurgia por carência. Esses profissionais conhecem as melhores estratégias para reverter negativas abusivas e proteger os direitos dos pacientes.
Casos de Cirurgia Negada Por Carência e Decisões Judiciais
Os tribunais brasileiros têm entendido que o direito à saúde e à vida deve prevalecer sobre as cláusulas de carência nos contratos de planos de saúde. Por isso, quando o plano de saúde nega cirurgia por carência, especialmente em casos de urgência ou emergência, a Justiça tende a ser favorável ao consumidor.
Em São Paulo, por exemplo, um juiz determinou que um plano de saúde autorizasse uma cirurgia emergencial em um paciente, mesmo que ele estivesse no período de carência. O juiz argumentou que a vida do paciente estava em risco, e o plano de saúde não poderia negar a cirurgia por carência.
Outro exemplo é o caso de uma paciente que precisou de uma cirurgia urgente para tratar um tumor. O plano de saúde negou a cobertura alegando que a carência não havia expirado. Contudo, o tribunal entendeu que a cirurgia era urgente e ordenou que o plano de saúde arcasse com todos os custos, ignorando a cláusula de carência.
A Importância da Ação Judicial em Casos de Urgência e Emergência
Nos casos em que o plano de saúde nega cirurgia por carência, recorrer à Justiça pode ser a única forma de garantir o atendimento. Muitos tribunais concedem liminares rapidamente, determinando que o plano de saúde cubra o procedimento necessário. Isso é especialmente comum em casos de urgência e emergência, onde o risco à vida ou à saúde é iminente.
Além disso, quando o plano de saúde nega cirurgia por carência em situações de emergência, a negativa pode ser considerada uma prática abusiva, o que fortalece ainda mais o caso do beneficiário na Justiça.
Porque Buscar Suporte Jurídico?
Muitos consumidores desconhecem seus direitos e acabam aceitando a negativa do plano de saúde sem contestar. No entanto, com o suporte de um advogado especializado, é possível reverter a negativa e garantir o tratamento necessário.
Advogados especializados em direito à saúde conhecem as nuances da legislação e sabem como lidar com casos em que o plano de saúde nega cirurgia por carência. Além disso, a orientação jurídica aumenta significativamente as chances de sucesso em uma ação judicial.
Conclusão
A negativa de cobertura de cirurgia por carência é uma situação angustiante, especialmente quando o procedimento é necessário para salvar a vida ou preservar a saúde do paciente. No entanto, o beneficiário não está desamparado. Se o plano de saúde nega cirurgia por carência de forma indevida, é possível recorrer à Justiça e garantir seus direitos.
Caso o plano de saúde negue a sua cirurgia por carência, não hesite em procurar a orientação de um advogado especializado. Com o suporte jurídico correto, você pode lutar pelos seus direitos e garantir o atendimento necessário.
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